Africa Basquetebol

20 março 2007

MOÇAMBIQUE : Beirenses conquistam Taça de Moçambique


O FERROVIÁRIO da Beira conquistou sábado último a Taça de Moçambique em basquetebol sénior masculino, mercê da sua vitória sobre o Desportivo de Maputo por 66-63. A participação do antigo capitão da Selecção Nacional e, coincidentemente, ex-“alvi-negro” Benjamim Pita Manhanga, que este ano foi reforçar os “locomotivas” do Chiveve, ajudou sobremaneira neste triunfo, com a formação da capital do país a classificar-se na segunda posição, seguida das Velhas Glórias do Chimoio e do Ferroviário de Quelimane. Entretanto, em Maputo teve início a disputa do Torneio de Abertura, primeira competição da temporada, com o campeão nacional Ferroviário a entrar em grande, arrancando dupla vitória sobre o Maxaquene.

Apesar de ter sido reduzida a somente quatro equipas e sobretudo a ausência dos principais conjuntos da nossa bola-ao-cesto, esta edição da Taça de Moçambique não deixou de se constituir numa grande prova, arrastando muito público ao Pavilhão dos Desportos da Beira. E, tal como se previa, a final acabou colocando os principais favoritos no meio daquele quarteto, com os locais a justificarem plenamente o triunfo por uma margem de três pontos. Aliás, pode dizer-se que foi um redimir-se da equipa treinada por José Delfino, depois de, em Novembro transacto, também na qualidade de anfitrião, não ter conseguido conquistar o Campeonato Nacional, quedando-se então na terceira posição.
Agora, pela frente, para além das provas internas, o Ferroviário da Beira irá tomar parte na Taça dos Campeões de África, cuja fase preliminar decorrerá em Maio, em Maputo, juntamente com os seus homónimos da capital do país.

RECONCILIAR-SE COM O PÚBLICO

Sábado à noite, perante um Desportivo disposto a apagar a má imagem deixada em 2006 no Campeonato da Cidade de Maputo, os “locomotivas” também entraram com a missão de se reconciliar com o seu público, procurando dessa forma resolver o jogo quanto mais cedo. Fruto dessa situação, chegou ao final do primeiro período a vencer por 14-6, resultado que viria a ser alargado nos 10 minutos seguintes para 34-27, com Benjamim Manhanga a garantir os triplos.

Já no terceiro, os donos da casa entraram meio frágeis, até que, no minuto sete, a diferença era de apenas um ponto (45-44). Este facto deixou o Desportivo moralizado, tendo reduzido a desvantagem para 52-50.

Quando faltavam 38 segundos, o “locomotiva” Babane beneficiou de dois lances livres, tendo alargado o marcador para 64-63. Já quando o cronómetro indicava que faltavam apenas 14 segundos, Handir teve mais um ponto, também fruto de lances livres. De seguida o Desportivo ficou com a posse da bola, que veio a cair nas mãos do experiente Benjamim Manhanga, que foi gerindo o tempo até ao apito final.

O público, que sempre esteve presente, emprestando o seu calor aos locais, “explodiu” de alegria, fazendo a festa que há três anos não acontecia no Chiveve.

Entretanto, as Velhas Glórias do Chimoio ficaram em terceiro lugar, fruto da vitória sobre Ferroviário de Quelimane por 81-51.
TORNEIO DE ABERTURA

Maputo, Terça-Feira, 20 de Março de 2007:: Notícias


Na capital do país o primeiro fim-de-semana basquetebolístico marcou o começo do Torneio de Abertura, que em seniores masculinos conheceu o duelo entre os gigantes Ferroviário e Maxaquene, campeão e vice-campeão nacional respectivamente. Os “locomotivas” levaram a melhor pela marca de 53-47, números de certo modo pobres para dois conjuntos deste gabarito, no entanto, compreensíveis se se considerar que estamos ainda no princípio, para além do facto de alguns craques não terem alinhado.

Os mesmos clubes também se defrontaram em femininos e as verde-e-branca não quiseram deixar os seus créditos por mãos alheias, ganhando por 72-50, 22 pontos que espelham a diferença competitiva verificada nas quatro linhas.

Igualmente, o Costa do Sol, em masculinos, e o Desportivo, em femininos, iniciaram o Torneio de Abertura vitoriosamente. Diante da Conseng, os “canarinhos” ganharam por 55-42, enquanto as “alvi-negras” bateram Académica pela marca de 44-32.